terça-feira, 23 de agosto de 2011

Day 8 - Denali - Palmer - Wasila - Turnagain Arm - Crow Creek Mine

Chegava  ao fim a nossa estadia em Denali.  Tinham sido uns dias excitantes, esgotadores do ponto de vista físico (como aliás, foi toda a viagem). Este dia marcava a "passagem" de uma viagem mais terreste, para uma viagem mais ligada à água, salgada e doce, líquida e congelada.

O plano para o dia era simples. Ir para sul, em direcçao às minas de ouro, onde no dia seguinte iríamos buscar a nossa sorte. O dia estavabastante feio, sem chuva, mas com nuvens baixas, que ficavam presas nos picos que faziam as margens da estrada. Uma estrada que é considerada bonita, com vistas impressionantes, tornava-se assim uma estrada cinzenta, onde com sorte podíamos ver a base das montanhas. Num dos miradouros onde supostamente se podia ver o monte Denali, a vista alcançava apenas um par de milhas.



Num dos lagos que circudavam a estrada, mais um alce para a colecçao. Uma fêmea que se dedicava a comer com muita pachorra...


Embora houvesse uma estrada muito mais directa e rápida (e também completamente alcatroada), decidimos fazer um desvio antes de Anchorage e fazer a estrada de Hatcher's Pass. Descrita como uma paisagem alpina em muitos dos livros, a estrada serpenteia por uma zona rural, para onde há décadas atrás o governo do alaska trouxe famílias na esperança de desenvolver a área de uma forma agrónoma. També foi encontrado ouro nos rios que por lá passam, assim que, modernas e em uso e velhas e em desuso, encontram-se algumas minas onde as pessoas tentaram a sua sorte.






Antiga mina de ouro






Depois de muitas curvas, subidas e descidas, chegámos ao fim da estrada, interseccionando a estrada principal, Glenn Highway. Esta estrada percorre várias milhas ao longo do rio matanuska e entre montanhas e vales até Valdez. Fazia parte do primeiro esboço de viagem. Infelizmente tivemos que a retirar pois nao tínhamos tempo, embora tenha ficado a vontade, pois é considerada uma estrada cénica bastante bonita.

Rio matanuska

Rio matanuska

Rio matanuska

Rio matanuska

Rio matanuska

Embora nao fizéssemos a estrada até ao final, o nosso próximo destino requeria que fizéssemos algumas milhas. Íamos até uma exploraçao de bois almiscarados. Nao me perguntem porquê, mas estes animais sempre fizeram parte do meu imaginário e sempre os quis ver. Assim que, quando soube da existência da exploraçao, decidi que tínhamos de lá ir: neste dia, teria a oportunidade de ver algumas dezenas deles. Embora nao seja comum, existem algumas exploraçoes destes animais, mas sao essencialmente de carne. Esta, era diferente. Nasceu do sonho de alguém que os queria domesticar. Depois de muitas tentativas, o governo do canadá permitiu a recolha de alguns animais, que formariam o início do rebanho. Embora estes animais tivessem existido no alaska, e à semelhança de muitas outras espécies, foram caçados até à extinçao.Hoje, existem alguns animais selvagens no norte, e há esperança que voltem a ser tao numerosos quanto antes. Mas, voltando à exploraçao em causa, depois de muitas geraçoes, os animais começam a ser mais dóceis. Nao sao usados para carne, mas para a exploraçao de qiviut. Esté é o nome indígena para os pelos mais curtos e mais quentes que isolam estes animais do frio. Todos os anos esta la é recolhida, transformada em fio e enviada para comunidades indígenas onde as mulheres os tecem. Posteriormente, a exploraçao vende-os. É uma la muito leve e quente, mas, a cor original, extremamente feia. E claro, ao ver o preço, as minhas intençoes para aquisiçao de uma peça esfumaram-se imediatamente...





Fêmea

Macho

Confesso que fiquei algo decepcionado com os bois almiscarados. nao sei porquê, mas imaginava-os grandes, poderosos. Talvez a memória que tenho dos documentários, cobertos de neve, enfrentando um vento gelado, fechados em círculo para se protegerem dos predadores me tenham dado uma visao algo mais romântica. Sao animais pequenos, atarracados, cheiram mal e têm algo de mau feitio. Ainda assim consegui tocar numa cria curiosa que deu um salto para trás e olhou para mim com uns olhos que diziam: "voltas a fazer isso e parto-te todo..."... claro que nao consegui dar-lhe nenhum respeito, era ridiculamente engraçado :)






Depois de ver a exploraçao, dirigimo-nos para anchorage, mas, primeiro, fizemos uma paragem em Wasila. O nome diz-vos alguma coisa? A cidade da Sarah Palin, a antiga governadora do alaska?


Pois é, nos EUA é muito "querida" e, sobretudo, gozada. Em certo dia disse que desde a sua casa conseguia ver a rússia. Eu tive que tentar ver a rússia. Tentei, tentei...

Rússia à vista!!!

E claro que nao encontrei. E porque iria ver a rússia, a milhares de quilómetros, quando wasila está longe do mar? Digamos que a senhora nao prima pela sua inteligência... Como já era tarde, decidimos ir jantar. Os guias recomendavam uma cervejaria que supostamente era bastante boa, pelo que fomos até lá. Eu, da minha parte, comi o hamburguer especial,acompanhado de uma cerveja produzida por eles. Era um hambuergue monstro, com dois ovos, salsicha, hamburguer, queijo... com muito custo e força de vontade consegui comê-lo, mas tenho que confessar que tive momentos que só queria desistir...


 Já jantados, fomos para Anchorage. Nao seria o nosso destino final, apenas um ponto de passagem. No caminho, uma enorme chuvada, que nos proporcionou vários arco-íris ao longo da estrada...



Anchorage é uma cidade que nao vale muito a pena e deixámos uma visita para o último dia. Continuámos em direcçao a Crow Creek mine, onde iríamos procurar ouro. À saída de Anchorage, uma estrada percorre várias dezenas de milhas ao longo do chamado turnagain arm. Num lado "alaska", do outro, a península de kenai. As fotografias abaixo foram feitas ao longo da estrada, e foram feitas até perto das 11 da noite - meia noite. Como podem ver. continuava a haver bastante luz, mesmo existindo montanhas entre nós e oeste.















Finalmente, e depois de um dia extenuante, chegámos à mina. O parque de campismo que os guias diziam haver, era o estacionamento da mina e alguma que outra reentrância ao lado da estrada. Ainda assim, montámos as tendas e com montes de mosquitos no exterior lográmos dormir profundamente até ao dia seguinte...

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