É certo que este post vem um pouco tarde, mas é algo que queria escrever desde há algum tempo e por falta de oportunidade e de inspiraçao nao fiz. Agora aproveito que espero que uma malfadada coluna de cromatografia equlibre e se ponha com pH de gente e escrevo-o.
A semana passada celebrou-se o dia 4 de Julho, o dia da independência dos Estados Unidos. Como nao podia deixar de ser, decidiram celebrá-lo em grande. A minha experiência acaba por ser aplicável ao estado do Indiana, pois mais que um país, os EUA sao uma uniao de diversos países, cada qual com as suas leis e costumes. De que modo isto influencia o modo como se celebra o 4 de Julho? Pois em breve saberao.
Desde duas semanas antes da data, haviam anuncios constantes nos meios de comunicaçao social, para comida, bebida e, sobretudo, fogos de artifício. À medida que a data se aproximava, a sua frequência aumentava. Perto de minha casa, num armazém, fizeram uma grande venda de fogos de artifício. Curioso como sou, lá decidi ir bisbilhotar e ver como seria a mesma. Nada mais entrar... parecia que tinha entrado numa loja e crianças, com a diferença de os clientes serem adultos. E porque digo isto? Ao longo de várias bancadas aglomeravam-se caixas, com várias cores, feitios e tamanhos, correpondentes a fogos de artifício mais ou menos exuberantes, mais ou menos caros e todos com uns nomes muito engraçados (infelizmente nao me lembro deles e emora tivesse levado a máquina tive muita vergonha de tirar fotos... embora hoje me arrependa). Enfim, segundo o dinheiro que um se dispusesse a gastar, faria a festa de uma forma mais ou menos em grande. Isto, é o Estado do Indiana. Outros estados há em que é proibida a venda de fogos de artifício, assim como o seu lançamento e posse. Caso disso é Michigan, que faz fronteira a norte conosco. Curiosamente, nada mais passar a fronteira existe um imenso armazém de fogos de artifício, no lado de Indiana. Outro caso, é o estado do Ohio, que faz fronteira a este. Aí, podem-se comprar, mas quem os compra assina um termo de responsabilidade em como nao os vais lançar. Segundo me disseram, assinar assinam, mas cumprir nem pensar.
Chegado o dia, lá fui eu a uma festa. O chefe dos nossos laboratórios convidou toda a gente para ir a sua casa, jantar e lançar fogos de artifício. Nao sei quantos seríamos, mas estava quase tda a gente, muitas nacionalidades diferentes. Comida, muita e bastante saborosa; para além dos pratos frios, saladas e afins, fizeram também uma churrascada. Bebida, idem. Muita cerveja, toda importada, nenhuma americana (até hoje só bebi uma cerveja americana que merecesse usr esse nome) e vinhos. No final da refeiçao, o dono da casa fez questao de oferecer a todos um digestivo. É uma pessoa que gosta de viajar, tem amigos em todo o lado e... tem dinheiro. Assim, tinha uma garrafeira formidável, com licores, uísques e bebidas de muitos pontos do mundo, que apenas coincidiam numa coisa: na qualidade. Pelos vistos é comum ter-se um bar em casa, já nao é a primeira vez que o vejo aqui.
Com o cair da noite começaram-se a ouvir os foguetes. E lá se dirigiram uns quantos corajosos para a margem do lago lançar os foguetes, mais uns para a festa. Outros, como eu, limitaram-se a ficar na "esplanada", de cerveja na mao a tagarelar e a ver as vistas. Durante perto de uma hora toda a vizinhança, perto ou distante lançou os seus fogos. Se foi bonito? Pelo menos irritante. Gosto muito de fogos de artifício, quando sincronizados. Aqui, é certo que haviam muitos, de diferentes formas e cores, mas lançados sem nexo. Sim, é impressionante ver à volta tantas explosoes, chega a um ponto que entre som e fumo, parece que se está em plena guerra. Prefiro os nossos. No entanto, nao se pode dizer que tenha sido uma noite mal passada.
Nota final: ao fazer o seguro do carro, a rapariga que lá trabalhava perguntou-me e na europa também celebrávamos o 4 de julho.... Duh...
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