quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Day 13 - Kenai Fjords National Park

Amanhecia, mais uma vez, chuvoso e cinzento. Dizem que o melhor tempo no Alasca ocorre no Inverno, onde os dias sao mais claros e menos chuvosos. Claro esta, ninguem avisa de antemao que as temperaturas baixam a mais de 30C negativos e que neva que se farta...

Tinhamos bastantes esperancas para o dia. Iriamos num cruzeiro que duraria todo o dia, para ver glaciares e vida marinha. Tinhamos pago um pouco mais para irmos num barco pequeno, com uma lotacao maxima de 16 pessoas, mas que seria uma experiencia mais pessoal.

Com varias camadas de roupa, desde quentinha mais interna a resistente a agua e ao vento no exterior, ocupamos a nossa posicao na parte da frente do barco, uma posicao que apenas iriamos abandonar para comer algo. Com o frio que fazia, os salpicos e o vento, era tudo menos agradavel, mas tinhamos uma vista previlegiada e que com o passar do tempo, viria a revelar ter sido a mais acertada. Os nossos companheiros de viagem eram amantes da natureza, como nos, mas sobretudo de aves. E como nao podia deixar de ser, as camaras eram enormes e faziam as nossas corar de vergonha. No final da viagem, viria a concluir que estou bastante preparado para aventuras, mas que necessito de uma camara melhor e com uma boa objectiva.

Nada mais sair do porto, duas aguias descansavam numa boia. Simbolo dos estados unidos, em tempos foram cacadas ate quase a extincao, num movimento em que o governo pagava por cada aguia abatida, pois consideravam a sua competicao nefasta para a industria do salmao... acho que em vez de aguias se deviam ter dedicado a exterminar politicos, bem menos importantes e necessarios que estas pobres aves.

Temos tambem a tendencia a associar aguias e majestade. Eu, pelos menos, incluo-me nesse grupo. Embora sejam bonitas e de facto majestosas a voar, emitem um som que se assemelha mais a poluicao sonora que ao que se esperaria de uma aguia. mas, adiante...



Mesmo dentro do porto, haviam muitas coisas interessantes. Aguias, otarias marinhas(?)... mas tambem restos da cidade que foi destruida no enorme terremoto do seculo passado. O terreno afundou, o mar subiu, e hoje, restos dos edificios erguem-se da agua.




Saidos do porto, desaparecia a civilizacao. Entravamos no Parque Nacional, erra de glaciares, montanhas e abundante vida marinha. Em todo o mundo, os glaciares estao a desaarecer, nao lentamente, mas rapidamente. Os do alasca, infelizmente, nao sao excepcao. No entanto, nao deixam de ser menos espectaculares...





De repente, comecam a saltar ao nosso lado toninhas (se a minha biologia nao me falha, este e o nome em portugues). O comandante abranda o barco e diz-nos que comecemos a gritar-lhes, pois pelos vistos gostam disso e seguem mais tempo ao lado do barco. E... nao mentia, de facto, durante alguns minutos tivemos a companhia de tao amistosos mamiferos connosco :)





Mas tambem fora de agua havia vida, e nao so passaros... leoes marinhos e focas, achorramente apanhavam sol, ou pelo menos descansavam, em plataformas rochosas ao longo da orla maritima...













E ao fim de algum tempo, baleias de bossa comecam a mergulhar, bem a vista... impressionante a sua respiracao, o dorso arqueado ao mergulhar e a cauda a dar o ultimo impulso antes de mergulharem... iriamos ver bastantes ao longo do dia, uma delas, a menos de 20 metros do barco.











Em certo momento, rasto de uma baleia a menos de 100 metros de nos. O capitao parou o barco e todos, expectantes, debrucamo-nos sobre a amurada para ver melhor... a baleia mergulhou e ficamos a espera. Os segundos tornaram-se minutos e, de repente, mesmo ao lado do barco e onde menos esperavamos, a baleia emergiu. Tao perto, que nao cabia numa so fotografia...








Ao longe, e ja com muitas horas passadas, surgia um enorme glaciar, onde iriamos voltar para tras. A media que nos aproximavamos, ficava mais e mais frio, e pedacos de gelo azul comecavam a aparecer a superficie...






O glaciar parecia grande desde a distancia, mas quanto mais perto estavamos, maior parecia. Por fim, e com pontos de referencia, assumia todo o seu tamanho.

E o barco parece minusculo...


Pessoas na praia

Kayaking entre o gelo















Ja no caminho de volta, um desvio para ver um bunker no topo de um penhasco. Fazia parte de um complexo de defesa que os americanos construiram durante a segunda guerra mundial a media que os Japoneses tomavam controlo das ilhas aleutas e ameacavam a soberania no alasca.










O nosso barco

Ja em terra, e com o dia avancado, fomos jantar a um restaurante  recomendado pelo capitao. Fora dos roteiros turisticos, com um cartaz a dizer "cerveja barata e comida simples", era um local bastante pitoresco. Para continuar as minhas aventuras gastronomicas, decidi comer caranguejo. Sim, aquele que se ve no canal Discovery em "The deadliest catch". Tinha curiosidade em provar e que sitio melhor para o comer que o Alasca? Garanto, um petico. Adorei e fiquei um fa. O unico problema e o preco aqui em Indiana...



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