Depois de 3 dias em Cordova, era hora de voltar à "civilizaçao". Para trás ficariam recordaçoes bem fortes, como o primeiro glaciar, o primeiro salmao pescado, e uma excelente cozinha,como um magnífico salmao e halibut...
Iríamos apanhar o ferry de volta a whittier, mas desta vez, a viagem nao seria directa. Iríamos até Valdez, uma cidade onde tínhamos planeado ir num dos primeiros esboços da viagem e daí até Whittier. O dia estava bonito, o céu azul a a temperatura agradável. A viagem seria sempre ao longo da costa, saindo do canal que levava a Cordova, entrando no Prince William Sound e voltando a entrar num canal, desta vez para Valdez. Toda esta zona é impressionante. Talvez pela baixa salinidade da água (pelos glaciares), ou por outra razao que desconheço, as árvores descem mesmo até à beira do mar, oferecendo majestosos tapetes verdes que sobem desde o mar até aos picos das omntanhas, cobertos de neve naquelas de maior elevaçao.
Barco de pesca voltando a porto |
Cordova |
Valdez é um importante porto no alaska, infelizmente nao pelas melhores razoes. O oleoduto que vem desde o árctico acaba aqui, e todos os dias entre 1-2 superpetroleiros vêm aqui abastecer-se. A cidade em si tem pouco para oferecer, pelo menos aquilo que buscávamos. Pequena, muito voltada para o turismo, oferecia vários charters de pesca, assim como kayak ou outro tipo de excursao. Nao fiquei com pena de nao ter passado mais tempo por lá, apenas de nao ter conduzido até lá...
De volta ao barco, entraríamos naquela que seria a última etapa da nossa viagem. A paisagem continuaria a ser a mesma, embora a vida selvagem sofresse uma melhoria: focas, baleias e um grupo de orcas.
Leoes marinhos a apanhar sol numa bóia |
Colónia de focas |
Whittier |
De volta a Whittier, nao passámos mais tempo do que aquele que necessitávamos para encontrar o carro e atravessar de novo o túnel. Neste dia, estávamos algo mais relaxados em termos de tempo e pudémos apreciar parte do glaciar de portage, assim como um rio, que nao tínhamos tido tempo de ver dias antes.
A viagem até Seward deveria ter sido fácil. Autoestrada até à cidade. Curiosamente, foi um dos percursos que mais stress me causou em toda a viagem. Provavelmente já desabituado de altas velocidades, ou se calhar por conduzir um SUV bastante grande, custou-me conduzir até ao final. Nao me lembro de nenhum carro que circulasse por debaixo do limite e, à boa maneira portuguesa, nao me lembro de nenhum carro que mantivesse uma distância segura do meu. Finalmente, ao fim de mais uns cabelos brancos, chegámos à cidade.
A cidade em si nao tem muito que se lhe diga. Foi reconstruída depois do terremoto a ter quase totalmente aniquilado. Junto ao mar, ainda se encontram vestígios de edíficios antigos que teimam em nao desaparecer, relembrando a constante luta entre homem e natureza. A cidade em si é pequena, com uma grande área portuária para dar suporte aos muitos cruzeiros que ali páram. Afinal, Seward é a porta para o parque nacional de Kenai Fjords.
Depois de um jantar que consistiu em pasta instantânea, fomos dar um passeio pela cidade. Ao longo da praia procurámos vidro polido pelo mar e, encontrei um prego anterior ao terremoto (mais tarde veria pregos iguais ser vendidos em lojas) que trouxe comigo e hoje adorna uma das minhas estantes. Fomos dormir cedo, estávamos cansados e no dia a seguir iríamos fazer uma viagem de perto de 9 horas de barco, num cruzeiro através do parque...
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