terça-feira, 27 de julho de 2010

Dia 2 - Monte Rushmore, Crazy Horse Memorial, Devils Tower

O sol saiu cedo no parque de campismo de Spokane. E com o sol, luz, pássaros e o ruído inerente ao despertar dum parque de campismo cheio. É verao, faz calor, assim que se tenta aproveitar ao máximo as horas de luz existente antes do pico do calor. O plano para este segundo dia era ambicioso: Monte Rushmore, Crazy Horse Memorial e Devils Tower, com muitas milhas em estradas cénicas, logo mais lentas, e um parque de campismo no sul de Montana, perto da entrada norte do parque de Yellowstone.

Com um bom duche e um pequeno almoço reforçado, fizemo-nos à estrada. Amanhecera bonito e solarengo, mas à medida que fazíamos a sinuosa estrada que nos levaria ao Monte Rushmore, acumulavam-se as nuvens cinzentas e ameaçava chover. Existem duas estradas que nos levariam ao destino: uma via rápida, de duas faixas de cada lado, e a estrada que optámos por tomar, quer orientados por um dos guias consultados, quer por recomendaçao do amigo que tinhamos deito no dia anterior. Apesar de em linha recta a distância ser várias vezes inferior aquela que realmente fizemos, a nossa opçao revelou-se do mais acertada. Uma estrada cheia de curvas e altibaixos, construída de propósito para visitar o nosso destino. Estrategicamente colocados, existem três túneis, que abrem para fantásticas vistas sobre o monte.





Uma vez paga a entrada e estacionado o carro, dirigimo-nos até ao terraço de observaçao. A imagem, tal e qual como a vimos incontáveis vezes em filmes e fotografias. A diferença, é a grandiosidade do monumento. Toda uma montanha de granito moldada ao gosto do responsável.



Feitas as fotografias e comprados alguns postais, de volta à estrada. O próximo destino seria Crazy Horse Memorial, ligeiramente a sudoeste. Para lá chegar, escolhemos mais uma estrada cénica, recomendada por várias das pessoas com quem falámos e também em guias. Mais uma estrada cheia de curvas ao longo das Black Hills (montanhas negras). Pelo caminho, passámos pelas famosas needles (agulhas), coluynas de granito causadas pela erosao dos elementos, e pelo lago Sylvan, mais uma área de lazer.

Needles

Needles


Lago Sylvan

Finalmente, chegámos ao nosso destino. Este monumento simula um guerreiro índio, Crazy horse de nome, montado no seu cavalo. Nasceu da ideia de um particular, ao contrário do monte rushmore, e também como resposta ao facto do último ter sido construído em terreno sagrado para a tribo Lakota. Tem sido construída ao longo do tempo através de doaçoes e do dinheiro dos bilhetes, rejeitando qualquer tipo de ajuda do governo. O mentor do projecto já morreu, mas a sua família, esposa e filhos, continuam a trabalhar para que um dia o seu sonho seja feito realidade.

Maquete com montanha ao fundo

Mais umas horas de estrada, mais umas horas ao longo de uma estrada cénica. Entre outras distintas cidades, passámos em Deadwood, a cidade que deu origem à série televisiva com o mesmo nome. Deixávamos South Dakota e entrávamos em Wyoming. A próxima paragem seria Devils Tower (torre do diabo), uma formaçao de origem vulcânica, com muitos, muitos anos. Enorme, a muitos quilómetros de distância, já conseguíamos ver a sua silhueta. E à medida que nos aproximávamos, o seu tamanho nao parava de aumentar. Chegados à base, nao ficámos desiludidos. O seu tamanho é impressionante, sorbetudo atendendo à forma como está "feita": várias colunas hexagonais e pentagonais, de lava solidificada, que se erguem por muitos metros de altura. Fizemos um dos caminhos à volta da base da torre, podendo observá-la de todos os lados. Sendo um paraíso natural para escaladas, vimos alguns loucos/aventureiros pendurados nas suas lisas paredes...






Acabava assim o plano do dia. Era hora de irmos para o parque de campismos. Esperavam-nos muitas horas de viagem e nao estávamos seguros de chegar a horas. À saída do parque, mais uma colónia de caes da pradaria. Aparentemente uma espécie diferente, pois tinham a ponta da cauda negra.



Ao fim de um par de horas, entrávamos na bighorn national forest. Mais uma floresta, numa montanha. O sol começava a por-se e as cores a estar com aquela tonalidade que fazem fazer boas fotografias fácil. A vista era linda, e os olhos deleitavam-se com o que viamos.






Pouco faltava para o anoitecer quando finalmente saímos da montanha. Uma "aberraçao" geológica no meio de vastas planícies, com alguns desfiladeiros bastante impressionantes. Jamais iríamos chegar a tempo a Montana, ainda a longas 3 horas de distância. O nosso plano sofria o primeiro revés, talvez o mais sério em toda a nossa viagem. Teríamos que acampar noutro sítio; nao sei quem inventou os GPS com outras funcionalidades: uma consulta rápida permitiu-nos encontrar uma boa alternativa, bem perto de Yellowstone e ainda mais perto donde nos encontrávamos. Só teríamos que utilizar outra entrada no parque, o que nos iria dificultar ver a porçao nordeste do parque. Feito o telefonema, foi-nos dito que nao teríamos problemas com sítios (quando lá chegámos, nao haviam tendas, mas a parte das caravanas estava cheia). Pouco antes do parque, na aldeia de Shell, encontrámos um famoso bar da zona, considerado um bar de cowboys. Para além de ser engraçado por dentro, tinha ainda um nome original.

Sim, as placas existem mesmo :) vi inúmeras, mas esta sem dúvida alguma bem curiosa, pelo grande número de habitantes (vi uma com 10 habitantes, mas nao deu tempo paraa fotografia)

Dirty Annie's

Parque de campismo, finalmente. Acendemos uma fogueira para fazer o jantar e a dormir cedo, pois um dos destinos mais excitantes esperava por nós no dia seguinte...

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