quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Hóquei no gelo

Como já referi umas quantas vezes, existe uma grande quantidade de equipas dos mais variados desportos aqui na universidade, que jogam a nível nacional frente a equipas de outras universidades. Um dos desportos que me despertava curiosidade era o hóquei no gelo, e há umas semanas lá me convenceram a ir ver um jogo (nao foi preciso muito, mas...)

E o certo é que cada vez que vou a um jogo seja do que for, me surpreendo com o número de pessoas que aí encontro. É certo que o preço dos bilhetes é convidativo (12 dólares, sendo que os alunos nao pagam) e o espectáculo assegurado, mas quase 3000 pessoas numa sexta feira à noite, para ver um jogo de hóquei universitário... é obra! Vencida a fila entrámos no pavilhao. Como nao podia deixar de ser, num dos lados amontoavam-se camisas, cachecóis, gorros e demais items de marketing, assim como bancadas com diversas comidas, cada qual mais nutritiva e saudável, como nomes como shaved ice (seja lá o que for...). Grátis, e obviamente com o nome da empresa patrocinadora, o que eles chamam de cow-bell. Como o nome indica, sao como pequenos badalos de vaca, que se prendem num dos dedos e se agitam, numa cacofonia impressionante. A grande maioria das pessoas tinha o seu, pelo que o ruído no pavilhao era imenso.
Feitos da equipa de hóquei nos últimos anos

Entre as quase 3000 pessoas, a música e os badalos de vaca, o ruído e a animaçao eram indescritíveis. Entra a equipa adversária e um coro de assobios... insultos, poucos ou nenhuns. Entram os Irish e toda a gente se levanta a aplaudir. Toda... mentira, na secçao de estudantes ninguém se senta. E eu apesar de ter bilhete sentado, acabei por ver o jogo entre eles... estaria entre os 5 mais velhos em toda a bancada! As equipas alinham-se à frente das balizas e à medida que o nome dos jogadores é dito pelo sistema de som, patinam até ao centro, "derrapam" e aí ficam, até ao final. Findas a apresentaçoes, é tempo para o hino americano... em todos os eventos desportivos, há alguém que canta o hino. Desta vez, a rapariga que o cantou até tinha uma voz bastante boa.




Começa o jogo e já ninguém pára quieto. O movimento e animaçao nas bancadas sao constantes, com os alunos, sobretudo, a puxarem pela equipa da casa. É um jogo rápido, muito rápido mesmo, sendo complicado seguir o seu desenvolvimento. Rápido e cheio de contacto físico: se cais levantas-te, se te empurram continuas... "ligeiramente" diferente do futebol profissional. O que é certo é que é extremamente excitante ver um jogo destes.


A meio do jogo, saem as equipas e entra o zamboni. E o que é o zamboni? Pois nada mais que uma máquina que "alisa" o gelo, bastante maltratado pelos jogadores. De uma aparência opaca, fica de novo resplandecente.

Tempo para mais jogo e de novo a animaçao. Desta vez, houve momentos em que os ânimos entre os jogadores se exaltaram, depois de uma entrada assassina de um jogador de Ohio State sobre um de Notre Dame. Pensei que fosse ver uma das famosas cenas de face off que caracterizam o hóquei profissional mas nao... apenas a expulsao do agressor, que encima se virou contra o árbitro... animado.

No final, fica o resultado, com uma vitória nossa. O jogo, gostei. Provavelmente voltarei a ver algum que outro jogo. Talvez tenha tido sorte, talvez sejam sempre assim. O que é certo é que saí com a sensaçao que os americanos se sabem divertir, e que o desporto, pelo menos o universitário, é uma festa.

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